INSTITUCIONAL

DENGUE, ZIKA VÍRUS e CHIKUNGUNYA

Dengue

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo.

A Dengue é causada por um vírus RNA do gênero Flavivírus. Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Hoje são conhecidos quatro sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4, a imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga), entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente por dois a três meses.

O período de incubação pode varia de 4 a 10 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retroorbital, exantema e prurido cutâneo. Anorexia, náuseas e vômitos são comuns. Manifestações hemorrágicas leves como petéquias e sangramento de membranas mucosas podem ocorrer. Observa-se geralmente um aumento e maior sensibilidade do fígado depois de alguns dias da febre.

Alguns fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, etinicidade e, possivelmente, comorbidades (asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme) e infecção secundária. Crianças mais novas, particularmente, podem ser menos capazes que adultos, de compensar o extravasamento capilar e estão conseqüentemente em maior risco do choque do dengue. A dengue grave é, também, regularmente observada durante infecção primária em bebês nascidos de mães imunes ao dengue.

Zika Vírus

A doença pelo vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3 a 7 dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, cefaleia e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e haematospermia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

O Zika vírus (ZIKAV) é um RNA vírus, do gênero Flavivírus, família Flaviviridae. Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma Africana e outra Asiática.

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

O Ministério da Saúde confirmou relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. As investigações sobre este tema ainda continuam, pois existem questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes - entre elas respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.

Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes, cujos bebês desenvolveram a microcefalia, tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.

Chikungunya

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

No Brasil, os três primeiros casos importados foram identificados em 2010. Em 2014 foram notificados os primeiros casos autóctones no país. O Ministério da Saúde tem alertado as Secretarias Estaduais de Saúde para manterem os serviços de saúde atentos às pessoas que venham de áreas com transmissão e apresentem os sintomas da doença.

No Brasil, o Ae. aegypti encontra-se disseminado em todos os estados, estando amplamente disperso em áreas urbanas. O Ae. albopictus foi identificado em um grande número de municípios, sendo encontrado no peridomicílio e em ambientes naturais ou modificados adjacentes. A ampla distribuição dessas espécies no Brasil torna o país suscetível à propagação do CHIKV no território nacional.

O período de incubação é, em média, de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O período de viremia no ser humano pode perdurar por até 10 dias e, geralmente, inicia-se dois dias antes da apresentação dos sintomas.

A fase aguda dura em média 7 dias, podendo variar de 3 a 10 dias e se caracteriza pelo aparecimento abrupto de febre alta (> 38,5ºC), dor articular (artralgia) intensa e exantema maculopapular. Este ocorre geralmente de 2 a 5 dias após o início da febre, em aproximadamente metade dos pacientes. Cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômitos, poliartrite e conjuntivite são manifestações menos frequentes, que surgem em diferentes momentos da doença. Na fase crônica os sintomas podem permanecer por meses e até anos. É importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos).

Fatores de risco individuais, tais como idades extremas (neonatos e idosos) e presença de comorbidades podem determinar a gravidade da doença.

Fonte: Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul.

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