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Concede a Medalha Zilda Arns ao Bispo Emérito do Município, Octacílio Dotti (Dom Orlando Dotti).




Projeto de Decreto Legislativo 003/2020


"Concede a Medalha Zilda Arns ao Bispo Emérito do Município, Octacílio Dotti (Dom Orlando Dotti).








Art. 1º É concedida a Medalha Zilda Arns, ao Bispo Emérito do Município, Octacílio Dotti (Dom Orlando Dotti), em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade Vacariense em trabalhos voluntários e assistenciais.





Parágrafo Único. A distinção de que trata o caput deste artigo, será entregue em Sessão Solene a ser realizada no dia 06 de julho de 2020.





Art. 2º Fica a Mesa da Câmara Municipal autorizada a providenciar a confecção da referida medalha, bem como demais despesas necessárias para a realização da solenidade.





Art. 3º As despesas decorrentes deste Decreto, serão suportadas pelas dotações do orçamento em execução do Poder Legislativo.





Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


 


Gabinete Parlamentar, 23 de Junho de 2020.

Rita de Cássia Zamboni (PSB)


 


Mauro Deluchi Schuler (PSB)


 


Fernando Lucena Maciel (PDT)


 


Osvaldo Grigolo Junior (PDT)


 


Douglas Cenci (PL)


 


Leandro Borges de Lima (MDB)


 


Selmari Etelvina Souza da Silva (PT)


 


Valdemir de Oliveira (PSD)


 


Valmir José Grazziotin (REPUBLICANOS)


 


Vanesa de Almeida Boeira (REPUBLICANOS)


 














 

JUSTIFICATIVA





 


CURRÍCULO DE DOM ORLANDO DOTTI


Nome Civil; Octacílio Dotti







 


Dom Orlando Dotti, nascido na Linha Silva Tavares, município de Antônio Prado – RS, no dia 22 de junho de 1930. Recebeu o nome de Octacílio Dotti, filho de José Domingos Dotti e Mathilde Miotto Dotti, agricultores dedicados especialmente ao cultivo de parreira. A família Dotti veio da tradição da tropa arreada, sendo que o principal produto de transporte era ovino, produzido em saga dos Dotti no capítulo “os tropeiros”.


Octacílio é filho mais velho de sete irmãos. Frequentou o curso primário na escola da localidade, sendo seu professor Albino Tondello.


Em 1942 entrou no Seminário dos Capuchinhos em Veranópolis – RS, onde cursou o ginasial, passando em seguida para Vila Ipê onde completou o Curso Colegial Clássico.


Em 1949 fez o noviciado em Flores da Cunha RS, quando recebeu o nome de Frei Orlando. De 1950 a 1952 cursou Filosofia em Marau – RS, a teologia deu-se em Garibaldi RS de 1953 a 1955 e em 1956 em Porto Alegre – RS. Dom Orlando recorda a seriedade do estudo e a forte disciplina praticada no período da formação. Foi Ordena Sacerdote em 08 de abril de 1956.


Em 1956 iniciou o curso de inglês no Cultura Americano de Porto Alegre – RS. Sua atividade de religioso capuchinho teve início; em Ipê – RS no Seminário Nossa Senhora de Fátima, como professor de português, inglês e grego. No ano letivo 1958-1959 fez um curso de aperfeiçoamento de inglês na Universidade Católica de Washington, incluindo um curso de Educação Comparada. Em Ipê – RS foi o organizador de uma Cooperativa-Moinho, que embora tenha perdido o espírito de cooperativismo ainda existe.


Em 1962 foi transferido para Marau – RS para assumir o cargo de Diretor dos Seminaristas e do Seminário São Boaventura onde funcionava o curso colegial.


Em 1964 foi transferido para Ijuí – RS para assumir a cadeira de Lógica e posteriormente de Metodologia Científica. Durante os anos de 1965 e 1967 foi coordenador do setor de Santo Ângelo da FAC de Ijuí – RS. Em meados de 1967, assumiu o cargo de Superior de Convento de Ijuí – RS e a 12 de março de 1969 foi nomeado bispo de Caçador – SC. Sua formação para o trabalho comunitário vem da Universidade de Ijuí e da participação das atividades sociais e à frente estavam o Frei Matias (Marino Osório Marques) e Argemiro Brum. Foi ordenado bispo a 25 de maio de 1969 em Ijuí – RS e adotou o lema da própria faculdade: “Cor ad cor Loquitur”.


Foi membro da Cotrijui Ijui, na qualidade de Conselheiro Fiscal e aproveitou para revalidar a Filosofia e fazer o curso de Orientação Educacional.


Empossado como bispo de Caçador – SC em 29 de junho de 1969, dedicou-se a organização material e pastoral da diocese. Construiu o prédio da diocese e iniciou o Seminário Diocesano. Foi articulador da Faculdade de Ciências e Letras de Caçador mantida pela FEARPE e seu primeiro Diretor. Em 1974 foi nomeado Membro do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina, na Câmara de 2° grau construído decisivamente para a adaptação do ensino colegial para o ensino profissionalizante, segunda a Lei 5.692/69. Foi inspirador da criação dos Cursos Superiores de Canoinhas, Videira e Concórdia, ambos do Estado de Santa Catarina.


Foi membro fundador da AGAFE (Associação Catarinense de Fundações Educacionais) com sede em Florianópolis – SC. Fundou a Escola de Formação de Agentes de Pastoral ainda hoje em funcionamento.


Em abril de 1976 foi transferido para a Diocese de Barra na Bahia, destacando-se como defensor dos desalojados da Represa de Sobradinho, onde mais de 700 famílias ribeirinhas perderam suas terras e trabalho de pescadores. Lutou contra os grileiros que queimavam as casas dos posseiros e os expulsavam impiedosamente. Percorreu várias vezes toda a diocese em visita pastoral e organizando o povo para as defesas de suas propriedades.


Repartiu a Fazenda de 48.000 hectares pertencente à Diocese de Barra – BA com os posseiros e outros sem terras do lugar. Manteve professores por conta da Diocese para a alfabetização de crianças no interior do município. Manteve dois advogados para a defesa dos pequenos agricultores. Depois na grande enchente que ocorreu, organizou mais de 450 famílias para a reconstituição de suas casas colaborando com a doação do material necessário.


De 1979 a 1982 foi eleito em Assembleia Geral da CNBB coordenador da Linha 6, tendo sob sua responsabilidade o Setor de Educação e o Setor da Ação Social da CNBB. Foi de sua coordenação que a CNBB publicou o Documento “Igrejas e Problemas da Terra”, em 1979 certamente o marco decisivo para o engajamento da Igreja na luta pela Reforma Agrária. Neste mesmo período de 1979 a 1983 pertenceu ao Departamento de Ação Social do Conselho Episcopal Latino Americano, durante este período foi produzido o volumoso livro: Fé cristã e compromisso social” da autoria do Departamento e redigido pelos Pes Bigó e Fernando Bastos de Ávila.


Durante esta gestão foi representante do episcopado brasileiro no VI Encontro do Instituto Social dos Bispos da Asia, realizado em Colombo em Sri Lanka de 28 de janeiro a 08 de fevereiro de 1983 com o tema: “The challenge to Human Development in the 1980” s: Response ofthe Church in Asia”, em 09 páginas Dom Orlando apresentou a Pastoral Social realizada no Brasil pela CNBB. Para um episcopado diminuto com no máximo de 2% de católicos em seus territórios a ação da igreja do Brasil soou como um fato notável embora tido como difícil imitar.


Como Bispo da Barra, Dom Orlando elaborou o processo de criação das Dioceses de Barreiras BA e Irecê – BA, hoje em franco desenvolvimento.


Em 1983 foi transferido para Vacaria – RS, na qualidade de Bispo Coadjuto de Dom Henrique Gelain, vindo a assumir a Diocese como Bispo Diocesano em fevereiro de 1986. O trabalho inicial voltou-se para a formação das lideranças da diocese. Foram anos de intensas atividades com escolas de formação, na linha pastoral social. Muitos líderes de comunidades e sociais passaram pela escola da diocese. Dentro do Regional RS esteve coordenando os projetos sociais da Semana Social, do Ensino Social da Igreja e das Pastorais Sociais, constantemente indicado para a elaboração de textos relativos aos temas sociais abordados pela CNBB.


Em 1993 foi eleito Presidente da CTP pelo período de dois anos, vindo a ser reeleito no período subsequente. Neste cargo foi responsável por quatro edições do caderno Conflitos no Campo com destaque para um deles lançado conjuntamente com Dom Paulo Evaristo Arns em São Paulo, ocasião em que Dom Orlando chamava a atenção para o descaso do Legislativo em prover. Brasil com uma legislação adequada para realizar a reforma agrária e apontava para a omissão do Judiciário pela impunidade dos culpados em crimes denunciados.


Como membro da CPT criou o Fórum Permanente da Reforma Agrária. Participou de encontros de Continente Europeu e estabeleceu contatos com organizações interessadas com a solução do problema da fome e da miséria, a FIAN e Via Campesina no México.


Foi membro do Pax Christi Internationalis no período de 1997 a 2000, tendo sido eleito em assembleia geral para o Comitê Diretivo deste organismo no mesmo ano. Participou de reuniões em Londres, Bruxelas e em Roma sempre buscando caminhos para a paz. Em novembro de 1995 foi convidado a participar de um seminário com o tema: “Las Iglesias y el desarollo rural” em Montevidéo – Uruguai promovido pelas Igrejas Católicas e Luteranas da Alemanha.


Em 1996 foi convidado para pregar a Ação Quaresma na França com o tema: “Construindo cidades mais justas”, onde permaneceu 40 dias.


Fez parte do Tribunal que julgou, simbolicamente o Massacre de Eldorado Carajás. Foram participantes do Júri entre outros, José Saramago e o Robinho Sobe!. O voto de Dom Orlando, o primeiro dos jurados foi enfático na coordenação do Governo e da polícia do Pará.


Em 2001 e 2002 fez parte do Conselho Estadual de Justiça e Segurança do RS, como representante da Sociedade Civil. Em nome dos conselheiros falou na sessão solene de instalação do Conselho do Palácio Piratini.


Desde 2000 é Bispo Referencial da Pastoral Operária Nacional e desde 2002 é Bispo Referencial da CPT e da Cáritas Regional Sul IH.


Pregou Romarias da Terra na Bahia, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul.


Biografia de Dom Orlando Octacilio Dotti


Permaneceu no cargo de Bispo Diocesano da Diocese Nossa Senhora da Oliveira de Vacaria, até 12 de novembro de 2003, quando foi substituído por Dom Pedro Sbalchiero Neto, tornando-se Bispo Emérito da Diocese de Vacaria.


Nos anos de 2004 e 2005 foi Vigário Paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus de Bom Jesus.


Em função da grave doença de Dom Pedro Sbalchiero Neto, o Papa Bento XVI, por Decreto, o nomeou no dia 08 de janeiro de 2007, Administrador Apostólico da Diocese de Vacaria, sendo que a posse ocorreu na Catedral no dia 16 de janeiro do mesmo ano. Permaneceu no cargo até a posse de Dom Irineu Gassen, no dia 24 de agosto de 2008.


Desde o ano de 2005 integrou o Movimento Pro-Universidade Federal do Norte do Rio Grande do Sul. Depois o Movimento estende-se aos três Estados do SUL. Sendo um dos onze membros da Coordenação do Grupo de Trabalho. Participou ativamente em muitas reuniões, audiências públicas, encontros em Brasília, com o Ministro da Educação, Presidente da República. Todo o trabalho resultou na Criação da Universidade Federal Fronteira Sul. Hoje com sede em Chapecó – CS. Campus em Laranjeiras e Realiza do PR, Erechim e Cerro Largo no RS, todos já em funcionamento.


Em 2009 foi Vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Glória de Vacaria.


No ano de 2009 e 2010 Coordenou a Escola de Formação de Agentes de Pastoral – EFAP da Diocese.


Em 2009 e 2010 intermediou as negociações entre a Prefeitura Municipal e os Irmãos Maristas para que a prefeitura adquire-se o colégio São Francisco.


Em 2010 assumiu o trabalho de Notário da Cúria Diocesana em Vacaria.











 


Vacaria, 23 de junho de 2020.





 


 




Rita de Cássia Zamboni (PSB)




 


Mauro Deluchi Schuler (PSB)


 


Fernando Lucena Maciel (PDT)


 


Osvaldo Grigolo Junior (PDT)


 


Douglas Cenci (PL)


 


Leandro Borges de Lima (MDB)


 


Selmari Etelvina Souza da Silva (PT)


 


Valdemir de Oliveira (PSD)


 


Valmir José Grazziotin (REPUBLICANOS)


 


Vanesa de Almeida Boeira (REPUBLICANOS)


 


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