ENTIDADES RECEBERÃO MOÇÃO DE REPÚDIO SOBRE ENTRAREM NA JUSTIÇA CONTRA A ABERTURA DO COMÉRCIO
Data de publicação
24/03/2021
Data de atualização
24/03/21 02:28:12
A Moção de Repúdio 05/2021, do vereador Betão Carneiro (PP), foi aprovada, porém, recebeu um voto contrário da vereadora Selmari da Silva (PT)
por Giordana Grigol
Entre as propostas aprovadas na Sessão Ordinária de terça-feira (23), está a Moção de Repúdio 05/2021, de autoria do vereador Betão Carneiro (PP), que encaminha um documento contrário a diversos órgãos e entidades sobre ação judicial movida por eles contra a abertura do comércio.
Os órgãos que receberão a Moção são a Federação Gaúcha das Uniões de Associações de Moradores e Entidades Comunitárias (FEGAMEC), a Intersindical, o Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul, a Associação de Juristas pela Democracia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem Técnicos em Hospitais e Casas de Saúde, o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre.
O vereador Betão Carneiro defendeu a Moção com o argumento de que saúde e economia devem andar lado a lado. “Na segunda-feira (22) o governador Eduardo Leite decretou a volta da cogestão, seguindo os protocolos, porém, algumas entidades entraram na justiça contra a abertura do comércio. Por isso que relacionamos essas entidades e fazemos essa justificativa. O comércio ficou 20 dias com as portas entre abertas, acumulando inúmeros prejuízos. Será que as pessoas que fazem parte dessas entidades não sabem das dificuldades que os envolvidos no comércio estavam passando e estão passando ainda? Seria importante que os comerciantes através de suas entidades de classe saibam quais são os sindicatos que trabalham contra o desenvolvimento, além do governo do Estado. Saúde e economia devem andar lado a lado. Dessa forma, seguindo os protocolos de segurança é possível criar um ambiente de trabalho seguro para todos.”
Mesmo aprovada, a Moção de Repúdio obteve um voto contrário, apresentado pela vereadora Selmari Etelvina Souza da Silva (PT). Na oportunidade, Selmari defendeu sua posição afirmando que é preciso ter cautela na justificativa. “Eu acho delicado a fala sobre o comércio precisar saber quem está contra. Ninguém está contra o comércio e nem contra os empresários. Se está, é pela vida. E no comércio, nas empresas, quem está lá são pessoas que têm família. Essa fala é complicada porque é como se estivesse colocando todas as entidades que se manifestaram, contra uma outra classe. Talvez, pode ser que o salário de todos esses funcionários públicos é que estejam movimentando o comércio, porque esse é um salário certo. Todos somos livres para fazermos nossas falas, mas eu, como funcionária pública e representante dos professores, acredito que não podemos achar que todos esses sindicatos são levianos.” - finalizou a vereadora Selmari.