LEGISLATIVO DÁ VOZ AOS MORADORES DA VILA FERROVIÁRIA

Data de publicação

27/02/2019

Data de atualização

27/02/19 02:03:27

Mais de 50 pessoas vieram à sessão de segunda para pedir água potável

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| Crédito: Giana Pontalti

por Giana Pontalti

Cerca de 50 moradores da Vila Ferroviária estiveram na Câmara Municipal durante a sessão ordinária de segunda-feira (25) para reivindicar água potável para a comunidade. A convite do vereador Aldo da Silva (PT), os moradores se mobilizaram e vieram relatar o problema enfrentado há anos na localidade.


Nós estamos muito preocupados com a Venezuela, onde falta água, comida, tudo. Lá não podemos resolver. Vamos resolver o problema dessa gente. Temos uma Venezuela bem pertinho, aqui na ferrovia”, alertou Aldo, durante a sessão.

Segundo relato dos moradores, os poços estão sem água e quando tem, vem enlameada. Trabalhadores que chegam dos pomares precisam caminhar cerca de um quilômetro em meio a uma plantação de milho para tomar banho em um açude, crianças evitam ir à escola porque não têm como tomar banho, e a água extraída para a comida vem cheia de barro. “Dia desses, minha filha pediu suco, tirei água do poço cheia de barro, como vou fazer um suco com essa água?”, comentou Eliseu Santos. Os moradores relatam a falta de dignidade e segurança que é viver nestas condições. Um homem já morreu no açude por não saber nadar.

Cozinhar é outro problema, especialmente neste momento em que a população da localidade aumenta. “Temos três alojamentos lá, um deles tem 70 pessoas. Imagina como é viver sem água”, indaga Marlei Souza Pereira, representante dos moradores.

ABASTECIMENTO COMPROMETIDO HÁ ANOS
A falta de água na localidade não é um problema recente. “A escassez de água perpassa gestões, é um problema de mais de 10 anos. Temos de olhar por essa gente, tem muito empresário que não quer essa gente lá. Mas foram eles que trouxeram essas pessoas para trabalhar, agora não prestam mais?", criticou Aldo. 

O vereador Osvaldo Grigolo Junior (PSB)  alertou para o risco de agrotóxicos na água: 
"Um dos relatos mais graves que eu ouvi, quando estivemos na Vila Ferroviária, foi de uma mulher que falou que no verão não conseguia deixar as roupas no varal porque ficavam encharcadas de agrotóxico. Para se calcular a gravidade que isso representa, com essa dificuldade da água, como são poços artesianos, o agrotóxico vai para o chão e do chão vai parar lá dentro." 

O presidente Douglas Cenci (PT) destacou que muitas iniciativas foram efetivadas por diferentes gestões para solucionar o desabastecimento. Reforçou o compromisso do legislativo em buscar uma solução. “Parabenizo a todos pela mobilização. Esta é uma casa democrática e está sempre aberta ao diálogo. É fundamental darmos voz a quem está desprovido do maior bem que é a água, um direito básico. Conheço essa realidade, trabalhei na Secretaria de Obras, recordo dos tratores levando água à Vila, muitas soluções foram tentadas, mas até hoje vocês vêm penando com isso. Deixamos o nosso vice-presidente Aldo nas tratativas com o Executivo, mas esta é uma causa da Casa, de todos os vereadores.

ÁGUA: DE UM LUGAR A OUTRO
Na quarta-feira (26), o vereador Aldo da Silva (PT) conversou com o Secretário Geral de Governo, Gilmar Boeira. O Executivo estuda a possibilidade de transportar a água de um poço do antigo posto de pesagem (balança) até a Vila Ferroviária.

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