VEREADORES APROVAM MOÇÃO DE REPÚDIO AO CORTE DE RECURSOS DAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS
Data de publicação
14/05/2019
Data de atualização
14/05/19 04:36:40
A Moção de repúdio foi aprovada por unanimidade e será encaminhada ao Ministro da Educação
por Giana Pontalti
O corte de verbas para as universidades e institutos federais, anunciado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, motivou a criação da Moção de repúdio 03/2019, aprovada pelos vereadores nesta segunda-feira (13).
O vereador Osvaldo Grigolo Jr. (PSB), autor da Moção de repúdio, falou sobre o impacto que tal medida terá no desenvolvimento de Vacaria: "O nosso Instituto Federal será prejudicado com esse corte que vai chegar próximo a 39% do seu orçamento para 2019. É importante que nós nos posicionemos contrariamente porque o desenvolvimento de Vacaria passa necessariamente pela ampliação do Instituto Federal, que se tiver seu projeto inicial concluído, terá capacidade para atender quase 5 mil estudantes. O IF é uma instituição de referência na qualidade de ensino, é uma ferramenta que possibita a muitas pessoas de menor poder aquisitivo concluir a faculdade. Fala-se muito que os jovens, hoje em dia, não têm perspectiva de vida. Mas é óbvio que não. Como é que um jovem de uma família de poder aquisitivo muito limitado vai ter perspectiva se as opções de ensino que lhe são ofertadas são todas privadas?"
Em sua fala, o vereador Osvaldo alertou, ainda, para o perigo das informações propagadas pelas redes sociais. "A gente vê o sonho de acessar o ensino técnico e superior, especialmente dos mais pobres, sendo ceifado por essa loucura que vivemos hoje em dia, em que informações inverídicas, que não encontram respaldo na verdade, são transmitidas via whatsapp", pontuou.
Durante o debate, a vereadora Selmari Etelvina Souza da Silva (PT) alertou que o corte de verbas pode ser estratégico para a aprovação da reforma da previdência: "É importante a gente estar atento ao corte destes recursos. Quando foi anunciado, o corte era para duas ou três universidades que o presidente entendeu serem conduzidas por reitores marxistas, se é que ele sabe o que é marxismo. Quando percebeu que era inconstitucional, estabeleceu o corte geral. Temos de estar atentos o que está por trás de tudo isso. Se os deputados aprovarem a reforma, volta a ter verba para os institutos", destacou.
A Moção de repúdio 03/2019 foi aprovada por unanimidade e será encaminhada ao Ministro da Educação, Abraham Weintraub.