Pingo, Douglas e Zibetti defenderam a importância de agregar valor à produção local e fortalecer o desenvolvimento econômico do município
A necessidade de ampliar a industrialização das matérias-primas produzidas em Vacaria foi tema de destaque na sessão desta semana da Câmara. Os vereadores Douglas Cenci (PL), Pingo Rezende (PP) e Carlos Zibetti (União Brasil) usaram a tribuna para defender a importância de agregar valor à produção local e fortalecer o desenvolvimento econômico do município.
O vereador Douglas Cenci abriu o debate destacando que Vacaria possui grande potencial produtivo, mas ainda exporta a maior parte de sua matéria-prima sem beneficiamento.
“Vacaria tem um grande potencial, mas ainda coloca seu produto sempre bruto, sem industrializar. Produzimos pequenas frutas, grãos e alho, mas o beneficiamento acontece fora. Temos que valorizar e agregar valor ao nosso comércio local”, afirmou.
Cenci lembrou ainda que, embora existam exemplos pontuais como a Sumabras, que atua no processamento de frutas, é necessário ampliar o número de empresas que transformem a produção local em produtos industrializados.
O vereador Pingo Rezende reforçou a preocupação, lembrando que o município é um dos maiores produtores de alimentos do Estado, mas que perde receita e oportunidades por não dispor de indústrias de transformação.
“Nosso município é produtor de quase tudo, mas a industrialização vai para fora. É onde poderíamos agregar valor, gerar mão de obra, desenvolvimento e mais recursos. Vacaria já merece há muito tempo ter empresas de industrialização do milho, da soja e do alho”, destacou.
Pingo mencionou que outras regiões, como Cruz Alta e Não-Me-Toque, têm recebido grandes empreendimentos do setor e defendeu que Vacaria reúna condições semelhantes para atrair investimentos.
O vereador Carlos Zibetti ressaltou que Vacaria, Esmeralda e Muitos Capões estão entre os principais produtores de maçã e grãos do Rio Grande do Sul, mas ainda sem aproveitar plenamente o potencial de industrialização. “Nós estamos perdendo um valor imenso de geração de empregos e de receita. Precisamos criar condições e incentivos para que empresas se instalem aqui e processem pelo menos uma parte do que produzimos”, afirmou.
Zibetti destacou que o município já possui experiência positiva com o setor da maçã, que faz classificação e beneficiamento local, e defendeu a ampliação do modelo para outros produtos, como grãos e pequenas frutas.