Acompanharam a votação do projeto, representantes da APAE e da AFACCS (Associação de Famílias Atípicas dos Campos de Cima da Serra)
por Júlia Costa
Na sessão ordinária de segunda-feira, 26, foi aprovada a
Indicação n° 79/2022 de autoria do vereador Fernando Cechinato (PSB). O documento sugere a administração municipal a criação do cargo de cuidador (ou atendente) escolar para atuar junto a estudantes com deficiência e atípicos, especialmente, com Transtorno Global do Desenvolvimento e ou Transtorno do Espectro Autista, do Ensino Fundamental Regular no município.
A criação do cargo visaria o suporte à Educação Inclusiva, auxiliando os alunos que não demonstram autonomia em higiene, alimentação, locomoção e comunicação. Segundo a indicação, isso facilitaria a inclusão e o ideal desenvolvimento educacional.
“Esses monitores da educação especial atenderiam com as mesmas atribuições de um atendente de creche. São para casos em que a criança tem condição de estar na sala de aula e ser alfabetizado. Em casos mais complexos, iriam para a APAE. Nos primeiros casos, os pais querem que as crianças permaneçam na sala de aula regular, por isso existe a inclusão”, comentou o vereador Fernando Cechinato.
Estiveram presentes para acompanhar a votação do projeto, representantes da APAE e da AFACCS (Associação de Famílias Atípicas dos Campos de Cima da Serra).
A presidente da AFACCS, Ana Paula Chaves, que tem um filho de 3 anos no espectro autista, comentou a importância da Indicação:
“O monitor é muito importante para auxiliar a professora mas, principalmente, para que a criança se sinta cada vez mais incluída na sala de aula e consiga seguir junto com os outros no aprendizado. A ideia é que todos que consigam, estudem em escolas regulares, porque percebemos que os colegas também aprendem a lidar com pessoas diferentes deles. Tendo uma pessoa com conhecimento de como lidar com as nossas crianças para nós é um motivo de sentir segurança porque a gente sabe que eles vão estar amparados”.
Os cuidadores seriam profissionais concursados, que possuam formação em pedagogia, educação especial ou, ainda, magistério. Passando também por especializações para aprimoração no sentido de atender os alunos.
“Há pais que aguardam fora da escola para que a criança possa ser atendida no banheiro. Há um caso também em que a irmã mais velha sai da sua aula para ajudar o irmão da 1ª série a esfriar a comida. Então, são casos simples, em que as crianças podem ter suas demandas atendidas por esse profissional. Isso para que se possa ter igualdade de condições e oportunidades para os nossos filhos especiais”, concluiu Fernando Cechinato.