por Taís Vargas
No dia 15 de outubro, quinta-feira,
integrantes do CPERS/ Sindicato participaram de reunião na Câmara Municipal juntamente a presidente vereadora Selmari Etelvina Souza da Silva pedindo o apoio para que às aulas presenciais não retornem neste ano e até que os órgãos de segurança se pronunciem sobre o controle da Covid-19 ou o surgimento de uma vacina elas permaneçam sendo ministradas de forma remota.
Como resposta e apoio aos profissionais da educação a presidente do Legislativo elaborou a Moção de repúdio 18/2020 aprovada por unanimidade na sessão ordinária desta segunda-feira (26).
A Moção é contrária ao retorno das aulas presenciais e visa sensibilizar o governador, Eduardo Leite, para que ele retroceda e acompanhe a decisão da Assembleia Geral Digital do CPERS/ Sindicato - Mobilização em defesa da VIDA, realizada no dia 08 de outubro em que definiu-se pelo não retorno às aulas presenciais, com continuidade do ensino remoto aos alunos da rede estadual.
Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo CEPERS com apoio técnico do Dieese, 92% das escolas não têm recursos suficientes para investir na estrutura e EPIs adequados, 81% não dispõem de profissionais de limpeza para realizar a higienização necessária e 70% sofrem, mesmo em tempos de normalidade, com atrasos no repasse de verbas por parte do Estado.
O mesmo levantamento apontou que durante o período de plantão presencial, com fluxo reduzido, mais de 140 escolas já foram contaminadas com a Covid-19.
“A responsabilidade com a saúde pública é do estado ela não tem que ser repassada para pais, diretores, para a comunidade. A responsabilidade com a saúde pública é do governo e acho que isso tem que ficar bem claro que não tem que ser repassada para pais, gestores e para outros responderem aquilo que não compete a eles”, salientou Selmari.
A Moção agora será encaminhada ao Governo do Estado. Confira
aqui a Moção de repúdio na íntegra.